Confesso que ando confusa com tantas denominações acerca da sexualidade. A cada momento me deparo com uma nova nomenclatura para a escolha de como lidar com o sexo. Não estou falando de orientação sexual, estou falando de envolvimento, desejo, tesão, relação a dois.
Percebo que as pessoas vão se dividindo em tribos e dentro dessas tribos vem à orientação sexual escolhida. Poder ser hetero, mas ser assexuado, ou ser gay e também ser assexuado, ou seja, assexuada é a pessoa, independente da orientação sexual que não sente atração por nenhum gênero.
E essas tribos se espalham, como os Demisexuais – Pessoas que não desenvolvem interesse sexual se não houver um envolvimento emocional. No geral essas pessoas são cobradas pelos amigos, porque não conseguem se sentir atraídas logo no primeiro encontro, ou em uma balada, não existe atração física de cara, tem que ter romantismo, historia e normalmente o demisexual se envolve com ambos os sexos. “O termo Demisexual vem de “meio caminho entre” sexuada e assexuada”.
Quando nos sentimos atraídos por alguém, não paramos para questionar o que nos atraiu naquela pessoa, mas nos tempos atuais essa é a pergunta que não quer calar. Muitas vezes em um primeiro olhar, ou até mesmo naquele drink você acha que está atraída, mas quando começa a conversar, tudo desmorona.
Já se perguntou quantas vezes isso acontece? Se sempre acontece e você se sente em um abismo, você pode ser uma Sapiosexual. “A característica principal dos sapiosexuais é a atração e excitação erótica pela inteligência de outras pessoas. Isto não quer dizer que não se valorize o aspecto físico, as emoções, a semelhança e a reciprocidade, mas acima de tudo, está a qualidade da conversa, a complexidade do conhecimento ou a especialização da pessoa em algo de interesse”.
Vai vendo como é fácil ficarmos confusas. Em um mundo cheio de terminologias, aonde a solidão vem crescendo e “homens” estão preferindo se relacionar com bonecas feitas com alta tecnologia para se aproximar o mais possível de mulheres humanas, como foi mostrado no Doc. Amor e Sexo no Japão, exibido no dia 17 de Junho no canal Globo News, em um mundo onde as pessoas estão utilizando os aplicativos para tentarem achar a metade da sua laranja, ainda temos agora que nos encaixar nesses padrões.
Ufa! Não está nada fácil…
Um artigo muito interessante fala justamente de como a heterossexualidade que conhecemos hoje foi criada. O dicionário médico Dorland de 1901, definiu a heterossexualidade como “um apetite anormal ou pervertido em relação ao sexo oposto”. Mas de duas décadas depois, em 1923, o dicionário Merriam Webster definia a orientação sexual como “paixão sexual mórbida por alguém do sexo oposto”. Apenas em 1934 a heterossexualidade teve o significado atualizado: “manifestação de paixão sexual pelo sexo oposto”.
Por essas e outras é que o ideal é simplificar a vida, como diz a música:
“…Eles se amam de qualquer maneira, vera
Eles se amam e pra vida inteira, vera
Qualquer maneira de amor vale o canto
Qualquer maneira me vale cantar
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor valerá …”
Que sejamos quem quisermos ser, que sejamos As Mais Influentes sapiosexuais, demisexuais, assexuais, sexuais, em todas os gêneros, pois o importante é Amar em toda a essência do Amor!
Fotos: Reprodução