O homem que matou 26 pessoas em uma igreja batista em Sutherland Springs, no Texas, no domingo (5) se suicidou, segundo o chefe de polícia do distrito de Wilson, Joe Tackitt, afirmou à CBS News em entrevista na manhã desta segunda-feira (6), segundo a Reuters.
Tackitt disse que tiros foram trocados entre o agressor e dois moradores armados durante uma perseguição de carro após o ataque contra a igreja, que deixou ainda 20 feridos, segundo a Reuters.
“Houve alguma troca de tiros, eu acredito, também na estrada, e então [o veículo do agressor] bateu”, disse Tackitt. “Nesse momento nós acreditamos que ele tinha uma ferida de tiro auto-infligida, depois que ele bateu.”
Como ele foi encontrado morto, até esta manhã não tinha ficado claro qual tinha sido a causa da sua morte.
As autoridades não divulgaram oficialmente o nome do suspeito, mas duas fontes policiais que não quiseram se identificar disseram que o atirador era Devin P. Kelley, de 26 anos, segundo a agência de notícias Associated Press.
O Departamento de Segurança Pública do Texas informou apenas que o autor do ataque é um homem branco “talvez com seus 20 poucos anos”. Um dos policiais disse que Kelly vivia nas proximidades de San Antonio e não parece estar associado a grupos terroristas.
Devin P. Kelley prestou serviço militar, entre 2010 e 2014, na Base da Força Aérea Holloman no Novo México, segundo a porta-voz das Forças Aéreas, Ann Stefanek. Em 2012, Kelley foi condenado a um ano de prisão depois de fazer a mulher e o filho reféns. Ele foi desligado da corporação por mau comportamento.
A polícia ainda não sabe a motivação do crime mas há a suspeita de que tenha agido por motivos pessoais. Freeman Martin, diretor do Departamento de Segurança Pública do Texas, disse que foram analisados posts que Kelley pode ter feito em redes sociais antes do ataque de domingo, incluindo um em que uma arma AR-15 é mostrada.
As vítimas do ataque, que ainda não foram identificadas oficialmente, tinham idade entre 5 e 72 anos. Entre elas, estão uma mulher grávida, os três filhos e o sogro dela. A filha do pastor, de 14 anos, também morreu.
Trump
Para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o ataque é resultado de um “problema de saúde mental” e que não envolve as leis que permitem o comércio de armas no país. Durante entrevista coletiva no Japão, ao ser questionado sobre o ataque, Trump atribuiu a ação a “um indivíduo muito perturbado, com muitos problemas”.
“Temos um monte de problemas de saúde mental em nosso país, mas não é uma situação imputável às armas”, declarou. “É um problema de saúde mental no mais alto nível. É um evento muito, muito triste”.
Fonte: G1
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