Há quase 60 anos a mulher conquistou o direito de escolher o melhor momento para ter filhos, graças à invenção da pílula anticoncepcional. Hoje, dentre os contraceptivos disponíveis no mercado e com a orientação do médico – que vai analisar seu perfil, de acordo com estilo de vida, hábitos diários e histórico médico –, a mulher pode optar por métodos que independem da tomada diária, dando a ela a possibilidade de não precisar de lembrar de tomar todo o dia.
Os contraceptivos de longa ação têm duração de 3 a 10 anos, dependendo do modelo, e não dependem da administração recorrente da usuária. Por isso, são alternativas para quem se esquece ou não quer tomar a pílula diariamente, tem uma vida atribulada ou uma atividade que dificulte a rotina. A maioria das mulheres não sabe, mas a simples mudança de fuso horário pode prejudicar a utilização adequada da pílula oral, que deve ser ingerida regularmente no mesmo horário. Além disso, pode ser difícil encontrar o medicamento prescrito em outras cidades e países, o que pode dificultar o reinício da cartela e aumentar o risco de comprometer a eficácia contraceptiva. Por isso, os métodos de longa ação podem ser uma opção para as mulheres que viajam com frequência, seja a trabalho ou a lazer.
Eles também podem ser opção para mulheres que não devem ou não querem usar estrogênio e, ainda, para aquelas que não planejam ter filhos em um curto espaço de tempo, livrando-as de se preocupar com a contracepção periódica. Por fim, são aliados da mulher durante o período de amamentação, possibilitando que a recente mãe possa planejar sua próxima gravidez e respeitar o intervalo gestacional apropriado. Quando os recém-nascidos têm menos de 18 meses de diferença dos irmãos, podem ter mais chance de ter algumas complicações. As mães com intervalos intergestacionais menores que seis meses também podem ter mais chances de apresentar complicações.
Por esses benefícios, os contraceptivos de longa ação vêm conquistando cada vez mais a adesão das mulheres. Confira a seguir as características e os benefícios de cada um deles:
Método | Implante de etonogestrel | DIU de levonorgestrel | DIU de cobre |
O que é? | Bastonete de 4 cm de comprimento que é colocado no braço da mulher com liberação de progesterona | Sistema intrauterino (SIU) com liberação do hormônio levonorgestrel | Dispositivo intrauterino que libera cobre dentro da cavidade uterina |
Onde é colocado? | No braço não dominante, embaixo da pele | Dentro do útero, na cavidade uterina | Dentro do útero, na cavidade uterina |
Como funciona? | O progestagênio, hormônio contido no implante, é liberado gradualmente no organismo, com a função de inibir a ovulação, garantindo a contracepção e impedindo a gravidez. | Deixa o muco do colo uterino espesso, dificultando a subida dos espermatozoides até a cavidade uterina, evitando sua chegada às trompas.
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Transforma o útero em um ambiente hostil aos espermatozoides, evitando sua chegada às trompas. O cobre tem ação espermaticida, o que significa que ele destrói os espermatozoides, impedindo sua penetração no útero. |
Qual o tempo de ação? | 3 anos | 5 anos | 10 anos |
Eficácia | 99,95% | 99,8% | 99,2% |
Risco de gravidez durante um ano (uso típico) | 0,05 (0,5 em mil) | 0,2 (2 em mil) | 0,8 (8 em mil) |