Um estudo revelou que empresas que têm mais mulheres em cargos de comando são também mais rentáveis. A pesquisa realizada pelo Peterson Intitute for International Economics analisou 21.980 empresas em 91 países
O melhor desempenho da empresa, de acordo com a pesquisa, não é pouco. Empresas com pelo menos 30% de presença feminina em cargos executivos seniores têm lucro 15% maior do que aquelas cuja presença é menor.
Porém, mesmo com os benefícios econômicos, a diversidade de gênero não é uma realidade. O estudo destaca que cerca de 60% das corporações analisadas não têm mulheres na diretoria, mais da metade tampouco possuem executivas e apenas 5% é dirigida por uma mulher.
Esta análise afirma, no entanto, que não há nenhuma evidência de que haja uma maior rentabilidade quando uma mulher é presidente e que seu desempenho é igual ao dos seus homólogos masculinos. Mas, nas empresas onde há mais mulheres nos conselhos de administração, também há mais executiva
No estudo foram incluídas 265 empresas brasileiras, das quais apenas 4% têm uma mulher como presidenta da companhía, 3% como presidentas dos conselhos de administração, 9% têm participação feminina nos assentos dos conselhos de administração e 9% em cargos executivos.
Noruega, Eslovênia e Bulgária são alguns dos países com mais mulheres em posições de liderança: as empresas têm, pelo menos, 20% de representação feminina nos conselhos de administração e em cargos executivos. Em 2003, a Noruega estabeleceu por lei uma cota de pelo menos 40% de mulheres nos conselhos de administração das grandes empresas. No Japão, no entanto, a presença feminina nestes cargos representa entre 2 e 2,5%.