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mulher do dia

Julianá Souza

Fim de ano chegando, e é hora de fazer um balanço das realizações de todo o período. Para a jornalista Julianá Souza, que apresenta o programa Plural, no ar na TV Max Rio e no YouTube, o ano de 2022 foi de muita ação e proposições positivas. Com a retomada das atividades, após a pandemia do coronavírus, os caminhos pessoais e profissionais voltaram a se ampliar e a aposta é em um 2023 de mais crescimento e amor. Para Julianá, na reta final deste ano, a ordem é focar nos sentimentos de gratidão, construção e fé, para trilhar um caminho ainda mais repleto de boas novas.

Como vê a chegada do fim de mais um ciclo, num ano em que a retomada foi mais intensa após a pandemia

Após mais de dois anos, após o início da pandemia que trouxe desafios na vida das pessoas, são muitas as dúvidas que surgem. Na minha opinião a pandemia trouxe aprendizado dos erros e acertos no Brasil e no mundo afora e alertas para situações financeiras. Eu acho que o fim de mais um ciclo é uma oportunidade para fazer uma retrospectiva da vida e tentar colocar as coisas no lugar em nossas mentes. Foi um período muito surpreendente e doloroso. A impressão é que estamos exauridos desse boom de sensações. Vivemos um misto de sentimentos, o luto pelo que se foi e ao mesmo tempo a gratidão e a esperança do que a vida ainda nos reservará. Precisamos nos recarregar, nos fortalecer e não endurecer nossos corações e nem deixar a fé esquecida diante da vida.

Que sentimentos afloram quando vai chegando essa época do ano?

As datas comemorativas de Natal e Ano Novo costumam mexer demasiadamente comigo. A reflexão me invade e muitas constatações mostram realidades que, muitas vezes, eu tento não acreditar. Então faço um balanço emocional do meu ano, uma verdadeira “revisão de vida”. Crio uma balança imaginária e, apesar de altos e baixos, sempre me sinto abençoada e grata por tudo que Deus me concedeu. É um tempo favorável ao amor, à partilha do que tenho e o mais importante para mim: do que sou. Tempo oportuno para dar e receber o perdão, condição essencial, a meu ver, para quem quer uma vida leve e em paz.

O que é o Natal e o que representam essas festas de fim de ano para você e sua família? Acha que ficamos mais sensíveis nessa época?

O Natal é a celebração da vida, momento de relembrar o nascimento de Jesus Cristo, nosso salvador. É tempo de amor, de empatia, de generosidade e oração. Fico com a sensibilidade e o choro aflorado. Não troco a companhia dos meus pais, filha e primas por nadaaa. A melancolia também me cerca nessa data, pois a cada ano vejo quantas pessoas que tanto amo não estão mais ao meu lado, como minha filha caçula, meu avô paterno e materno, tio…Tento focar na gratidão e no amor de Deus por tanto que me oferta e, apoiada no amor do Pai, é que consigo seguir firme para o ano que virá. Agradecer é o gesto mais nobre e cada vez mais imprescindível em minha vida.
Deus está presente em tudo. E como sou feliz por ser amada e guiada por ele. Então, é Natal!!

Os sentimentos de união familiar, solidariedade e os bons pensamentos devem ser valorizados não só agora, mas o ano todo, né?

Claro que sim, uma família é formada não apenas pela relação de sangue que os membros têm, mas sim pelos laços de amor, carinho e respeito às suas diferenças que se estabelecem entre eles o ano inteiro. É na família que surgem os primeiros aprendizados e é dela que recebemos os exemplos para o nosso comportamento e atitudes para a vida toda. Eu me sinto muito privilegiada. Deus escolheu e capacitou pais muito dedicados e amorosos a mim. Eu os amo demais. São meus alicerces, meus portos seguros, meus amigos, admiradores e incentivadores. Meus bebezões!!!

Depois de um período tão difícil como a pandemia e todas as perdas, inclusive humanas, o que é mais importante valorizar? 

Depois de um tempo de crise, em que se experimenta a contingência da vida, emerge a importância de valorizarmos a vida. Nessa busca pelo real sentido da vida, aflora a procura pelo elemento religioso. Além disso, vejo que precisamos desenvolver a habilidade de amar e aceitar as diferenças. E viver o verdadeiro amor de Deus por cada um de nós. “Ama ao próximo como a ti mesmo.” Mateus 22:37-39

Acha que de algum modo todos nos reinventamos? Crê que você evoluiu espiritualmente?
Sim, sigo no processo evolutivo, pelo amor e pela dor. Para que nossa vida espiritual dê bons frutos, precisamos adotar uma postura correta nos devocionais e em nossas práticas diárias. Sempre busco compreender e aceitar os desígnios de Deus, com amor e resignação. E se não formos capazes de aceitar e nos autoavaliar, a vida passará como uma viagem perdida. A vida é um presente de aprimoramento da alma.

Que dicas daria para mantermos serenidade, equilíbrio e a determinação para superar tantas dificuldades por que passamos nestes últimos tempos? 

Entregue sua vida com fé e confiança nas mãos de Deus; Saiba quem realmente é, seja pela ajuda psicológica, religiosa ou por uma expansão de autoconsciência; Compartilhe o amor, o conhecimento, a empatia, bondade, as boas práticas e palavras. Se ame e se cuide, você é seu templo sagrado. Se proporcione bons pensamentos, locais que te tragam paz e faça tudo que te deixar feliz. “Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade”, Carlos Drummond de Andrade.
Qual os seus mantras de fé?

Eu fiz um combo com várias mantas que acredito e venho aprendendo pelo ato de estar viva: “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser. Ocorrerão dias felizes, dias difíceis, dias alegres e dias tristes, mas a cada novo amanhecer amadurecerei a minha fé para viver todos eles. Eu confio, eu acredito, eu entrego e sou extremamente grata, pois aquilo que me pertence, jamais errará o caminho para me encontrar”.