WINNIE HARLOW- A modelo que revolucionou a Beleza com o seu vitiligo
A manequim Winnie Harlow, também conhecida como Chantelle Brown-Young, é um dos rostos do momento. Canadense de 21 anos, sofre de vitiligo desde os quatro anos, uma doença degenerativa que faz com que os melanócitos – células responsáveis pela pigmentação da pele – desapareçam e deixem de produzir melanina. Isto gera manchas brancas em todo o corpo, afetando de maneira considerável o aspecto físico.
Winnie teve o primeiro contacto com a carreira de modelo no concurso “America ‘s Next Top Model“, em 2014. A canadiana de ascendência jamaicana chamou a atenção dos olhares do mundo da Moda, não apenas pela sua beleza, mas também pela sua diferença. Isto porque Winnie tem vitiligo
Durante a infância e adolescência, sofreu bullying por parte dos colegas, que a apelidavam de vaca, zebra, entre outros nomes horrendos. A depressão tomou contornos tão profundos que a modelo chegou mesmo a pensar em suicídio. Hoje, com forças renovadas, tornou-se porta-voz do vitiligo, falando da doença pelo mundo e desmistificando algumas questões.
Logo após a participação no programa apresentado por Tyra Banks, Winnie torna-se o rosto da marca espanhola Desigual. Nesse mesmo ano, desfila na Semana de Moda de Londres, a abrir e encerrar o desfile de Ashish. Em 2018, desfila pela primeira vez para a famosa marca de lingerie Victoria ‘s Secret.
Hoje conhecida no mundo, Winnie tornou-se empresária de produtos de beleza. A marca, chamada Kay Skin, terá sua primeira linha de lançamento com produtos focados em proteção solar com ativos de Skincare. Ela é conhecida não só pelo seu trabalho, mas também por levantar a bandeira do cuidado e do respeito às peles com vitiligo.
Winnie relatou que um dos motivos para a criação da marca foi a inadequação que sentia em relação aos produtos dedicados à proteção solar
“Eu cresci em Toronto, mas meu pai morava na Jamaica, então eu ia vê-lo todo verão. Lembro-me de meu pai esfregando protetor solar na minha pele com as mãos ásperas, ele é mecânico. Eu odiei a experiência. Não apenas devido às suas mãos ásperas, mas, porque eu não queria sair com aquele tom azul em todo o meu corpo pelo protetor solar não ser o tom certo para a minha pele Anos mais tarde, eu estava fazendo uma sessão de fotos e a produção não queria reaplicar o filtro por causa do mesmo tom azulado. No segundo dia [das filmagens], eu estava tão queimada que precisei de atendimento médico, tamanha dor e inflamação. Eu não sabia o quão apaixonada eu era por proteção solar até ter essa experiência, então decidi criar “Cay Skin”, comentou.
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“O diagnóstico de vitiligo só veio depois de um ano e meio. “Eu tinha vergonha, tampava, usava muita maquiagem. Foi quando realmente decidi encarar de peito aberto. Essa sou eu, é assim que eu quero que as pessoas me vejam e é assim que as pessoas vão ter que me respeitar”, desabafou a sister no vídeo de apresentação.
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Nas redes sociais, surgiram piadas sobre a doença, mas ao mesmo tempo surgiu um exército para defender as pessoas com vitiligo. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, dados oficiais apontam que o vitiligo atinge cerca de 1% da população mundial e aproximadamente 1 milhão de pessoas no Brasil.
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Parabéns a todas nós Mulheres!!!
Por: Míriam Freitas
Colunista Social
Brasil/ Europa