Nos próximos dias, quando entrar em cena no Festival de Edimburgo, na Escócia, como já fez outras mais de 500 vezes, Armando Babaioff estará – reiteradamente – carimbando a bem sucedida trajetória do espetáculo “Tom na Fazenda”, que trata da relação amorosa entre dois homens, traduzido do original por ele e que há 8 anos é sucesso de crítica e público, no Brasil e no exterior. Mais do que isso, vai escancarar a perseverança, o empreendedorismo e a crença de que o teatro arrebata emoções. Em paralelo, o ator – que retornou à TV depois de 6 anos afastado dos estúdios – também é sucesso na pele do vilão Vanderson, que apavora meio elenco em “Dona de Mim”, novela das sete da Globo. Pernambucano, por parte de pai é descendente de uzbeques – grupo étnico turco originário da Ásia Central, principalmente do Uzbequistão – de onde vem seu sobrenome, Babaioff começou a fazer teatro aos 12 anos na Escola Municipal Pio X, em Jacarepaguá, onde se encantou com as primeiras encenações. O passo seguinte foi cursar a Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Penna e, na sequência, graduar-se em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. A longeva carreira do drama no teatro, tem muito da própria inquietação: o ator se assumiu gay para a mãe somente aos 36 anos, já fazendo a peça. “Teatro é cura, para quem faz e para quem assiste”, assegura.
