Aconteceu na noite de sexta-feira, 3 de outubro, no tradicional Cine Odeon – Centro do Rio de Janeiro, a aguardada première do filme “Sexa”, que marca a estreia de Glória Pires como diretora de cinema. O evento fez parte da 27ª edição do Festival do Rio, um dos mais prestigiados encontros do audiovisual brasileiro.
Uma noite de emoção e celebração
Com casa cheia, a exibição reuniu personalidades da TV, do cinema e da música, entre elas Thiago Martins, Isabel Filardis, Eri Johnson, Rosamaria Murtinho, Danilo Mesquita, Dan Ferreira, Déa Lúcia, além dos filhos da atriz e diretora, Ana e Bento, que prestigiaram a mãe com muita emoção.
Durante o discurso de abertura, Glória Pires foi aplaudida de pé ao falar sobre o novo momento de sua trajetória:
“Depois de tantos anos de carreira, é como se eu estivesse estreando de novo. ‘Sexa’ é um grito de liberdade, de afeto e de coragem”, declarou a artista, visivelmente emocionada.
O marido Orlando Morais, em recuperação de uma cirurgia, foi lembrado com carinho:
“Ele é meu grande parceiro e incentivador, mesmo à distância está comigo em cada cena deste filme.”
“Sexa”: um olhar sensível sobre amor e maturidade
Com roteiro de Guilherme Gonzalez e colaboração da própria Glória, Sexa narra a história de Bárbara, uma mulher de 60 anos que trabalha como revisora de textos e vive uma vida pacata ao lado da amiga Cristina. Tudo muda quando ela conhece Davi, um viúvo 25 anos mais jovem.
A relação entre os dois desperta o olhar crítico da sociedade e provoca reflexões sobre etarismo, machismo e a liberdade feminina, temas tratados com leveza, humor e emoção.
“Quis mostrar que o amor não tem idade e que a mulher madura pode ser protagonista da própria história, sem pedir licença”, destacou Glória Pires.
Produção e bastidores
O longa é uma produção da Giros Filmes e Audaz Filmes, em coprodução com a RioFilme e Paramount Pictures.
A fotografia é assinada por Kika Cunha, a montagem por Lívia Arbex, e a direção de arte por Mônica Delfino. A trilha sonora leva assinatura de Rodrigo Lima, com design de som de Zezé D’Àlice (Audiorama).
Sexa foi exibido na mostra Première Brasil (hors concours), sendo um dos títulos mais comentados desta edição do festival.
Repercussão e destaque feminino
Críticos e convidados destacaram a delicadeza da narrativa e a maturidade da direção de estreia de Glória Pires. Muitos apontaram o filme como um retrato contemporâneo e necessário sobre o amor e o envelhecimento feminino.
O Festival do Rio 2025 reforçou, mais uma vez, a força das produções dirigidas por mulheres e o poder da representatividade na sétima arte.
“Foi uma noite memorável, em que o talento e a emoção falaram mais alto. Glória Pires entrou definitivamente para o seleto grupo de atrizes que também brilham atrás das câmeras.”
Por Míriam Freitas – Colunista Social
Créditos das fotos: Rogério Fidalgo
📸 Cobertura especial Festival do Rio 2025