A falta de educação financeira tem levado muitos
brasileiros ao endividamento e inadimplência. Ponto importante é que com a proximidade do fim do ano e recebimento de verbas extras, muitas empresas estão abertas para negociar as dívidas, seja de forma presencial ou online, são os famosos Feirões Limpa Nome.
Ponto importante é antes de ir para a etapa de negociações
é importante que o consumidor conheça
seus números e faça uma faxina financeira. Afinal, apenas com uma mudança
comportamental é possível sair dessa situação de forma definitiva.
O presidente da Associação Brasileira de Educadores
Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, que acaba de lançar o livro Nome sujo pode ser a solução (Editora DSOP), orienta os seguintes passos:
• Primeiro entenda que você terá que repensar na
vida financeira de toda família para poder pagar a dívida, caso contrário será apenas um paliativo;
• Fazer um diagnóstico financeiro, ou seja, saber
exatamente quais são seus ganhos e gastos mensais. Com os números em mãos, elimine despesas supérfluas ou desnecessárias;
• Colocar na ponta do lápis todas as dívidas que
possuir;
• Destacar as de produtos e serviços essenciais –
como energia elétrica, água e moradia – e as de maior incidência de
juros – como cheque especial e cartão de crédito. Esses pagamentos
devem ser prioridade;
• Vá para a negociação apenas quando souber o
quanto terá disponível mensalmente para pagar;
• Se tiver reservas financeiras para quitar as
dívidas, negocie para obter bons descontos. Se não conseguir, poupe
mensalmente e as rendas extras, como o 13º salário, para voltar a
negociar em breve.
“Esses passos são extremamente necessários, pois
só se deve buscar a renegociação de dívidas quando tiver condições de
pagar, ou seja, após conhecer as suas finanças e se planejar.
Um passo precipitado pode até piorar a situação”, orienta Domingos.
O Educador Financeiro complementa, explicando que o
consumo consciente é a chave para a diminuição do endividamento e, consequentemente, da inadimplência. De nada adiantará participar desses eventos sem uma mudança de
comportamento. “As pessoas precisam parar
e se fazer algumas perguntas, antes de sair abrindo a carteira. Isso faz parte de ser educado financeiramente”, finaliza.
