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De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, levando a óbito mais de 17 milhões de pessoas somente em 2015. Entre as doenças que mais matam estão o ataque cardíaco, o acidente vascular cerebral (AVC) e o tromboembolismo venoso (TEV). Estima-se, somente no Ocidente, 840 mil óbitos por ano por TEV.

As manifestações do tromboembolismo venoso (TEV) podem ser divididas em dois quadros principais: a trombose venosa profunda (TVP) e o tromboembolismo pulmonar (TEP). Chamamos de TVP a formação de coágulo na circulação sanguínea, sendo mais frequente nos membros inferiores. Já o TEP é quando um coágulo se desprende do local em que se formou inicialmente e, por meio da circulação, atinge o pulmão. O diagnóstico de trombose venosa é geralmente estabelecido pelo ultrassom com Doppler (ecodoppler) e a embolia de pulmão pela tomografia ou cintilografia pulmonar.

Conheça alguns dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do quadro:

Hereditariedade: algumas pessoas podem herdar mutações que fazem o sangue coagular mais facilmente, condição a qual se chama trombofilia;

Redução de mobilidade por tempo prolongado: ficar muito tempo deitado, como em internações hospitalares prolongadas ou paralisias; ficar sentado por longos períodos, como ao dirigir ou fazer viagens aéreas de longa duração, como as internacionais também é um risco.

Gravidez: a gestação aumenta a pressão das veias da pélvis e das pernas. O risco ainda pode se prolongar por até seis semanas após o parto.

Uso de anticoncepcionais ou terapia de reposição hormonal: ambos podem aumentar a tendência do sangue a coagular. O uso de estrógenos pode aumentar em até quatro vezes as chances de a mulher desenvolver trombose.

Obesidade e sobrepeso: a condição aumenta a pressão nas veias das pernas e pelve.

Câncer: alguns tipos de câncer aumentam a produção de substâncias que facilitam a coagulação sanguínea. Alguns tratamentos oncológicos também aumentam tendência a coagulação sanguínea.

Idade: pessoas com mais de 40 anos têm mais trombose venosa profunda quando comparadas com pessoas mais novas. O risco aumenta ainda mais depois dos 60 anos de idade.

Apesar da condição ser mais comum em pacientes internados em hospitais, ela não está restrita somente aos leitos hospitalares. A TEV pode, de maneira geral, apresentar sinais claros: dor, calor, sensibilidade, inchaço e vermelhidão nas pernas, além dos sinais de uma embolia pulmonar como a falta inesperada de ar, dor no peito, tosse com sangue, tontura e aumento da frequência cardíaca. “É importante ficar atento aos sinais e procurar o quanto antes uma unidade de atendimento assim que identificado os sintomas”, alerta Fabio Lario, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Além do acompanhamento médico, é possível adotar alguns cuidados e mudar hábitos de vida como forma de prevenção. Algumas ações simples, como a prática de exercícios físicos regularmente, ou simplesmente tornar rotina movimentar as pernas durante longos períodos sentado, pode ajudar na prevenção. “Alimentação saudável, hidratação frequente, práticas de exercícios físicos com regularidade, e se movimentar sempre que possível, são fatores que podem reduzir o risco de desenvolver o quadro”, comenta Fabio.