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MODA

Aconteceu ontem (28), o segundo dia de desfiles da São Paulo Fashion Week, 44ª edição, e foi cheio de coisa boa! Confira os destaques:

UMA| Raquel Davidowicz 

Agressivo e elegante, visceralmente lindo, o trabalho de Cy Twombly foi traduzido pelo seu curador como “subjetivo, verdadeiro e descompromissado”. Seu amigo e curador Nicola del Roscio dizia: “Tenho a impressão que Cy tinha uma mente clássica alimentada por um intelecto globalizado.”

Cores: Branco, off-white, preto e damasco.

Estampas: Rabiscos manuais.

Tecidos: Seda, viscose estampada, algodão e seda, cetim de seda stretch, crepe de acetato, poliamida esportiva com memória, georgette de seda plissado e plissado estampado.

Silhueta: Leve e fluida, contrastando com volumes  esportivos.

Peças:

  • Vestidos – As alternativas vem baseadas no encontro do conforto com o design. Comprimentos que vão do midi ao Novos recortes, assimetrias, drapeados e estampas.
  • Tops – Alças finas em regatas esportivas, recortes e assimetrias
  • Camisas – Com tiras estilo “gravata” ou com sobreposição dando
  • Jaquetas – Estilo bomber em linho ou tricot, casaco em linho com mangas de malha e esportivas de manga curta em
  • Calças – Esportivas amplas, com sobressaia removível, estampada ou estilo masculino com abotoamento
  • Terno feminino – Blazer mais longo com bermuda assimétrica bem usável em tecido tecnológico esportivo.
  • Saias – Comprimento abaixo do joelho com novas construções assimétricas e extra longas sedosas.
  • Bermudas – Com design intrigante, bermudas desconstruídas se tornam quase saias. Saias sobrepostas em
  • Tricots – Assimetrias e transpasse diferenciados caracterizam uma variada linha em fio de viscose extra leve, resultando em peças refinadas e confortáveis.
  • Sapatos – Sandálias com tiras e salto alto, gladiadora com salto anabela chanfrado e chinelo anatômico.
  • Bolsas: Maxi mochilas, mini bolsas ou esportiva com bolsos utilitários, todas em couro.
  • Acessórios: Pulseiras construídas a partir de correntes em resina na cor marfim e preto. Pedra pirita em colares e anéis.
  • Moda Praia: Maiôs com decote profundo, tomara-que-caia ou estilo nadador. Biquinis seguindo uma modelagem esportiva, com maxi calcinha.

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Fotos: Zé Takahshi/Agência Fotosite

Osklen 

A vida e a obra de Tarsila do Amaral inspiram o desfile SS18 da Osklen. A convite da família da artista – que colocou à disposição de Oskar Metsavaht e sua equipe de estilo as obras e detalhes da história da maior representante feminina da arte brasileira no sec. XX – a Osklen apresenta uma coleção cápsula em edição especial, que agrega seus elementos de estilo e traz novas formas para o trabalho puro de Tarsila, traçando um paralelo entre sua expressão de arte e o design e estilo da marca.

Artista à frente de seu tempo, Tarsila teve a capacidade de compreender, interagir e expressar o zeitgeist de um novo movimento artístico e filosófico que definiu o Modernismo brasileiro e culminou no Movimento Antropofágico. Tarsila expressou o legítimoBrazilian Soul, explorando a diversidade étnica e cultural do Brasil de uma forma pessoal e perspicazmente inserida na estética do movimento artístico modernista europeu.

Para a passarela, a história começa com a tela em canvas crua e os esboços puros da artista em lápis ou nanquim preto; ganha um bloco monocromático vermelho – inspirado no autorretrato ‘Manteau Rouge’ – e culmina em peças totalmente estampadas por obras da artista. Técnicas de moulage foram usadas para trazer as formas quadradas das telas às peças, em contraste com a pintura orgânica de Tarsila.

Quase 90 anos após a criação de Abaporu, uma de suas obras mais icônicas, a artista segue atual e conquistando novos espaços. Ainda este ano, em outubro, a brasileira ganha sua primeira exposição individual nos Estados Unidos, no Instituto de Arte de Chicago, que receberá mais de 100 de suas obras. Em fevereiro de 2018, a mostra chega a Nova York, no MoMA, quando a coleção da Osklen também será lançada para o mercado internacional.

Cartela de cor: Branco, cru, areia, caqui, vermelho, p&b,

Estampas: Tarsila Sketches, Esboço, Abaporu, Blues, Cidade, Rouge, Brasileiros

Matéria-prima: linho, algodão, seda e os e-fabrics – algodão reciclado e couro de pirarucu e salmão. Bolsa em madeira de reflorestamento; Bolsa em macramê feita por cooperativa.

Silhueta: Formas geométricas em técnicas de moulage e alfaiataria

 

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Fotos: Gregoire Avenel/Marcio Madeira

Fabiana Milazzo 

mood lúdico e surreal dá o tom para a coleção “Sonhos”, de Fabiana Milazzo, em seu segundo desfile na São Paulo Fashion Week. Materializando os sonhos na passarela, a leveza e o conforto permeiam todas as peças, resultando em looks quase etéreos, fluidos e transparentes, deixando à mostra peças que se assemelham a nobres lingeries, feitas para dormir e, por que não, sonhar.

“Nossos sonhos nos contam histórias e habitam um mundo onde tudo pode acontecer e o irreal se faz presente. A ideia é explorar essa surrealidade e as narrativas que surgem enquanto sonhamos. Para esta coleção trazemos os vestidos dos sonhos, literalmente”, contou a estilista.

Para contar essas histórias, Fabiana utilizou materiais ultraleves, tecidos nobres em seda pura, como o chiffon e a organza, tules lisos e plissados, renda chantilly, plumas e lamê italiano, que se moldam em formas assimétricas, godês, babados, ombros proeminentes e mangas amplas. Os vestidos e saias aparecem em diversos comprimentos, curtos, mídis e longos. Calças pantalonas, macaquinhos, e camisas e túnicas que acompanham uma silhueta longilínea, com comprimentos abaixo do joelho, também estão presentes.

Na cartela de cores, um azul que mistura turquesa com celeste, batizado de “horizontal blue”, um amarelo cítrico, “sicilian yellow”, por sua semelhança com o tom do limão siciliano, e também peças em off white, ouro light, rosé e preto. Cores que se expressam tanto nos tecidos, quanto nos bordados.

A ideia do leve e confortável também se reflete nos sapatos e acessórios. Para os calçados, mules pretas e nudes em pelica com os mesmos bordados das roupas e sandálias de amarrações em couro, com salto médio e grosso, trabalho exclusivo da Masqué, de Adriana Pedroso. Nos acessórios, as peças de Bruna Gasparini completam sutilmente a proposta, com colares e brincos longos e articulados, ornamentados com pedras brasileiras e plumas. Todos confeccionados em processo artesanal e explorando formas orgânicas e elementos oníricos, bem como sugere a coleção.

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Fotos: Marcia Fasoli e Ale Schneider

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