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saúde

Por Marcelo Bragança

Quando pensamos na enxaqueca, logo vem a sensação desconfortável popularmente conhecida. Mas, Roesler explica que outros sintomas são característicos à enfermidade.  “Dor de cabeça latejante em um dos lados da cabeça, de forte a muito forte que dura de 4 a 72 horas, podendo vir acompanhada de náuseas e ou vômitos, intolerância a cheiro, luz, barulho e movimentos é, sem dúvida, enxaqueca. Também é importante salientar que existe a enxaqueca com aura e sem aura”.

“Com aura, tem todos os sintomas citados acima, porém antes da dor se instalar, o paciente apresenta sintomas visuais ou sensitivos com duração de minutos a até uma hora, seguidos de intensa dor de cabeça. Os pacientes tabagistas ou mulheres que usam anticoncepcional combinados podem ter um risco maior de trombose se forem portadores de enxaqueca com aura, por exemplo”.

DIAGNÓSTICO

Célia explica que o diagnóstico da doença é clínica e que não existe nenhum exame que mostre que o paciente tem a doença. Ela saliente que, por este motivo, é imprescindível uma boa anamnese (histórica clínica). “A primeira consulta de um paciente com dor de cabeça em um consultório especializado dura cerca de uma hora”.

FATORES QUE PODEM AGRAVAR / ACELERAR A ENXAQUECA

“Os fatores que desencadeiam uma crise de enxaqueca são chamados de gatilhos. O mais importante de todos é o stress, além de alteração no ritmo do sono, jejum prolongado, alguns alimentos e bebidas alcoólicas”.

A profissional também alerta que se e o paciente tiver, em torno de 15 dias ou mais com dores de cabeça em um mês, ele é portador de uma enxaqueca crônica.

CRIANÇAS

Quando o assunto são os pequenos, a especialista diz que é importante valorizar a queixa deles. “Mesmo crianças muito pequenas quando estão assistindo um desenho na TV, ao sentirem dor de cabeça, involuntariamente se afastam e procuram um lugar silencioso e com pouca luz por causa das dores”.

Dra. Celia explica que aquelas que já frequentam a escola e não costumam se alimentar bem, geralmente tem dor de cabeça nas primeiras horas de aula devido ao jejum prolongado.

PRECONCEITO

A neurologista conta que por ser uma dor que não aparece a enxaqueca, muitas vezes, a enfermidade não é valorizada. “Muitos acham que a pessoa está usando um pretexto para faltar ou ir embora mais cedo do trabalho ou de alguma reunião social/familiar. A enfermidade pode prejudicar a vida profissional, social e familiar do paciente”.

ALERTA

A automedicação e o uso excessivo de analgésicos são muito prejudiciais. Roesler indica que é recomendado aos pacientes que a procura pelo tratamento médico é fundamental. “Recomendamos esta procura quando o paciente tem 03 ou mais dores de cabeça por mês. Muitas vezes, ao tomar um medicamento por conta própria, você pode estar mascarando uma doença mais grave ou cronificando aquela dor de cabeça”.