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Miriam Freitas

“Este momento pelo qual estamos passando ensina que precisamos ser humildes, solidários e, principalmente, pacientes. O que não tem remédio (ainda), remediado está. Fiquem em casa até quando for necessário.”

Crédito da foto: Reprodução

Rodrigo Rodrigues

Palavras do jornalista e músico Rodrigo Rodrigues, numa entrevista para nossa Revista A Mais Influente feita por mim.

Se soubéssemos que o destino nos pregaria uma triste peça, a entrevista teria se estendido um pouco mais. Tanta sabedoria, tanto carisma, tantas histórias que poderiam ser compartilhadas, tantas mensagens a serem passadas…

Rodrigo tinha um jeito de menino, mas a maturidade de um homem sério e responsável com tudo que fazia.

Era um gentleman, sabia ouvir e aconselhar, com cuidado em não ser evasivo. Era um carioca que fazia questão de declarar seu amor por São Paulo. “Nasci no Rio, mas escolhi São Paulo”, dizia ele.

Deixa muitas saudades para seus colegas de trabalho, amigos, fãs, familiares.

Nessa homenagem, minha eterna saudade…

Uma família de campeões, superação, união e muito amor

Edson Hypolito, 38 anos, irmão mais velho dos dois nomes mais conhecidos da ginástica artística brasileira, Daniele e Diego Hypolito. Praticou o esporte durante sete anos, mas acabou se afastando. Esteve sempre presente na vida dos irmãos, dando seu apoio e colaboração.

Edson, gostaria que me falasse um pouco do seu trabalho como diretor da Subsecretaria do Legado Olímpico, e quais as expectativas pós-pandemia para a Ginástica Olímpica?

Faço parte da equipe de eventos da Secretaria de Turismo e Legado Olímpico, da Prefeitura do Rio, que funciona na Arena Carioca 3, e lá a gente recebe  eventos de todos os segmentos, como campeonatos brasileiros de Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Trampolim, Futsal, Campeonato de Xadrez e também capacitação dos professores das vilas olímpicas, que é feito pela Nike. Além, é claro, de eventos como o Rock in Rio, Game XP e vários outros desse mesmo porte.

Acredito que o momento agora seja o de se preocupar com o bem-estar dos atletas e cuidar da saúde de todos. Tenho certeza que, aos poucos, vamos voltando ao norma, e alcançar novamente o rendimento de alta performance de cada um dos atletas, que estão focados nos Jogos Olímpicos adiados deste ano para o ano que vem, por conta da pandemia. Vamos seguir em frente! Sempre!

O cuidado com seus irmãos Daniele e Diego Hypólito sempre foi nítido para todos nós, e percebemos nas suas redes sociais que você é muito família; suas fotos na maioria das vezes são com eles, como é essa relação?  

Sempre fomos muito unidos, o pilar da nossa família é a dona Geni, nossa mãe. Com certeza, se não fosse por ela não seríamos tão unidos, somos melhores amigos, sempre estamos juntos, foi assim nossa vida toda até hoje, nos momentos bons e ruins sempre unidos. Temos várias histórias nessa trajetória, não só da Daniele e do Diego e sim de uma família inteira, que sempre acreditou nos sonhos deles. O mais bonito é isso, apoiar e sempre acreditar que tudo pode ser possível; familia é assim, acreditar e batalhar sempre! Sou apaixonado pelos meus irmãos, defendo sempre, porque as pessoas não sabem o quanto já sofreram e foram humilhados algumas vezes; amo demais eles, e faria tudo outra vez sem pensar duas vezes.

O que tem feito nesse período de isolamento? Algum aprendizado sobre tudo isso que está acontecendo no mundo? Conte-nos…

Eu comecei a me cuidar, estava meio largado em relação à saúde, alimentação, tinha parado de fazer exercícios, estava bem acima do peso, nessa quarentena perdi 15 quilos, agora estou mais focado, aprendi a usar melhor meu tempo. Temos que saber dosar trabalho, lazer, estudo e, acima de tudo, precisamos estar felizes com nós mesmos. Hoje, com certeza, vivo minha melhor fase na vida! O que eu levo de aprendizado dessa quarentena são as pequenas coisas que, às vezes, não damos tanto valor, como encontrar os amigos, estar com a família, sentar na varanda de casa e agradecer muito pelo que conquistamos, que com o passar do tempo a gente deu menos valor. Hoje vejo o quanto tudo isso é importante.

Além da ginástica percebemos que você também gosta de jogar futebol (goleiro), alguma vez pensou em ser jogador profissional?

Eu comecei na Ginástica Artística e depois fui para o Trampolim, no qual fui medalhista brasileiro e participei do Mundial dessa modalidade, também fui goleiro de futebol de campo, só que esse talento para o esporte ficou todo com meus irmãos. (risos)

Deixe uma frase ou mensagem que faz parte da sua vida!

Não tem como não ser a frase que o Diego disse quando foi medalhista olímpico:

“Na primeira Olimpíada, eu caí de bunda; na segunda, eu caí de cara. E, nessa, eu cai de pé”. Não tem como não levar pra vida essa frase. Quando ele foi medalhista eu não conseguia acreditar, não me importava se ele ia ser medalhista ou não, só queria que ele acertasse, porque cair de pé iria fazer toda a diferença na vida dele!

@edson_hypolito