O budismo entrou na vida de Deborah Blando há 21 anos. Durante esse período, a cantora, de 51, viveu muitos altos e baixos em sua busca espiritual. Inclusive enfrentando de perto os males da depressão. Algo que muitas pessoas ao redor do mundo estão vivenciando nesta fase de isolamento social e incertezas por conta da pandemia do coronavírus. “Posso dizer que não tenho qualquer centelha de depressão mais. Foi curada através de muitas bênçãos, energia positiva e aprendendo a controla a mente. Não há remédio que vá fazer uma pessoa se curar. Os remédios me faziam robótica, tinham efeitos colaterais horríveis para o meu corpo. Meditação não tem contraindicação”, avalia ela, que acaba de gravar uma música para o momento que todos estamos vivendo.
“I will never forget you” foi composta e gravada por Deborah na Inglaterra. Um clipe também faz parte do pacote, filmado no Templo pela Paz Mundial, no Manjushri Kadampa Meditation Center, conhecido como o centro-mãe da Nova Tradição Kadampa, NKT, em Ulverston, na Inglaterra, e onde Deborah mora e dá continuidade aos seus estudos para se tornar professora de budismo e de meditação. A música, sem fins lucrativos, terá todos os direitos revertidos para o projeto internacional de construção de templos.

“O que me inspirou, a princípio, foram as preces. Peguei as palavras do meu guia espiritual e as tomei como um mantra para trazer conforto neste momento. A melodia surgiu a partir destas orações. O nome da canção veio das três frases de Geshe Kelsang, ‘eu sempre estarei com você’, ‘eu sempre estou te ajudando’ e ‘eu nunca vou te esquecer’, esta última que leva o nome do meu novo single”, justifica a cantora.
Ícone pop nos Anos 90, Blando viveu as dores e delícias da fama até encontrar um caminho que a fortaleceu. Hoje, ela já não pensa mais em trilhar um caminho fora dos ensinamentos de Buda, que aliás a prepararam para a pandemia. “Alguma coisa estava para acontecer faz tempo. A forma como a gente trata o planeta é inevitável. Lei da ação e consequência. É óbvio que nesse mundo contaminado como a gente está vendo agora, descontrolado, estamos entendendo o que tudo isso quer dizer. Nada é permanente e a morte faz parte do nascimento. Quando a gente acha que está feliz é porque não está sofrendo naquele momento. Mas isso é temporário. O que está acontecendo agora não é tão inacreditável assim”, analisa.

Longe do Brasil desde 2019, Deborah estuda para se tornar uma professora de budismo. Ela só não sabe onde ainda. “Não é algo que a gente decida muito. Posso ser uma professora residente ou não, e isso vai depender muito dos aconselhamentosde um mestre. Mas voltar ao Brasil só para visitar. Devo ficar pela Europa mesmo”, diz ela, que vive com seus dois cães: “Sempre tive o sonho de viver aqui nesse templo. Morei aqui em 2012 e vi o quanto recebi benefícios, me aprofundando nos ensinamentos”.

As informações são do Extra.