
POR JULIANA MORAES

Qual foi seu primeiro contato com a música? Como você se descobriu? Quando eu era mais nova, comecei na minha escola tínhamos aula de música. Comecei a tirar alguns instrumentos de percussão de ouvido, como pandeiro e tamborim. Daí em diante, pedi aos meus pais que me colocassem numa escola de música para aprender algum instrumento. Entrei na aula de teclado, e desde então não parei nunca mais! É o que eu mais amo fazer.
Você já cantou em banda de rock, certo? Quanto tempo durou, como foi a experiência? Comecei cantando rock na banda Divisa, onde permaneci por 6 anos. Foi uma experiência única, dividi o palco com grandes nomes do rock e era muito incrível trabalhar com amigos tão queridos que eu levo no coração até hoje.
Hoje você se encontrou no gênero pop e optou pela carreira solo. Há quanto tempo tomou essa decisão e como vem sentindo a mudança desde então? Estou em carreia solo há 3 anos, não foi uma decisão fácil, até mesmo por saber que eu estaria de frente do meu projeto sozinha, tomaria decisões sozinha e não teria mais o auxilio ou a discussão dos outros integrantes da banda. Mas decidi sair e tive que me redescobrir musicalmente. Para mim música é troca, e quando tive contato com algumas feras do mercado me descobri no Pop, faço de tudo um pouco, misturo aqui e ali e sai cada coisa boa.
Quais são suas influências no pop e por quê? Pode citar algumas músicas que mais gosta desses(as) cantores(as)? Primeiro a Demi Lovato, com as músicas For You e In Case que são lindas de morrer e a parte vocal é super bem elaborada. Ela canta demais! E em relação à entretenimento, cores, dança e vibe a Meghan Trainor, que até comparam bastante o meu trabalho com o dela e que para mim é uma honra ser comparada à dona de “All About That Bass” que foi um grande hit, uma música muito gostosa para estar ‘swingando’ e tirando o pé do chão. E também podemos dizer que a Avril Lavigne foi uma cantora meio pop rock no início e depois pop, que marcou muito e eu acompanhei toda trajetória dela e como acompanho desde sempre, peguei todas as fases e é uma grande inspiração.
Como foi a preparação para lançar o primeiro álbum solo? Fale sobre o processo de criação, inspirações, hits, ensaios e gravações. O meu primeiro álbum teve o meu primeiro single, que foi o “Deixa Molhar” e a gente gravou, na verdade, onze faixas das quais infelizmente só saiu uma. Mas ainda assim foi feita uma megaprodução com o Latino que foi o diretor artístico desse trabalho incrível que deu origem à essa obra e também com o produtor musical Inha Duarte. E a gente foi fazendo o processo criativo tirando algumas composições minhas, compus também com alguns amigos, dentre eles o rapper Dólá, o Latino também compôs e eu recebi até músicas da Luka. Eu resolvi fazer uma releitura de “Assim Que Se Faz” da Luciana Mello no CD, fazer uma homenagem pois eu via a necessidade que eu tinha de trazer a referência do trabalho de alguém que eu admirasse demais para o meu trabalho, e eu levo muito comigo as músicas antigas que tocaram e foram sucesso no Brasil, sempre consumi muito e bebi muito dessa fonte. E a Luciana fez uma música pop que foi um estrondo naquela voz belíssima e por isso que eu quis trazer para o meu álbum. Sou uma grande fã da Luciana Mello e da MPB. E aí finalizamos o álbum e ficou muito legal o resultado. A preparação foi muito incrível, pois eu tinha acabado de sair de uma banda de rock e então trabalhava em conjunto, de repente me ver tendo que tomar decisões sozinha, caminhar sozinha, aprender um pouco de cada fase, de cada instrumento, cada ‘degrauzinho’ foi importantíssimo para meu amadurecimento musical. Foi um grande aprendizado, muito importante.
Sabemos que você tem um canal no YouTube onde posta não só clipes, como bate-papo com convidados. Como funciona esse seu lado nas redes sociais? Sim, eu tenho um quadro no meu canal chamado Mica Sessions Intimistas, onde eu ataco de apresentadora e está sendo uma delícia. Eu convido amigos da música para conversarmos sobre tudo: carreira, música, vida, e aproveitamos para descontrair sempre fazendo uma brincadeirinha. Isso foi uma ideia minha com a minha equipe, da Apeíron Produções, produtora em que faço parte e está sendo super legal. Acho importante o público se sentir um pouco mais íntimo de nós artistas!
Você acredita que a presença nesta e em outras redes (como Instagram, por exemplo), é fundamental na carreira de um artista? Sem sombra de dúvidas. Tudo hoje em dia é digital! E a galera gosta de se sentir amiga da gente, é um meio de estarmos sempre na vida daqueles que tanto nos admiram. Sem contar que no momento em que o país está, os números das redes sociais nos ajuda a lutar contra um monte de coisa em que estamos enfrentando nos dias de hoje, nós podemos dar nossos exemplos e opiniões lá formando outras opiniões e combatendo assuntos que nos desagradam.
Qual seu maior sonho para a carreira? Meu maior sonho é tocar no estádio de Wembley na Inglaterra. Os maiores nomes da música já passaram por lá, como por exemplo Katy Perry, Paramore, Spice Girls, Britney Spears entre outros. Um dia será a minha vez.
Quando não está cantando, o que gosta de fazer nas folgas? Aprender coisas novas. Sou muito curiosa em saber das coisas, aprender o passo a passo da carreira de um artista.
Você segue algum tipo de causa humanitária? Já se envolveu em trabalhos sociais? Eu acompanho sim bastante trabalhos sociais, sempre faço shows beneficentes nos quais são em prol a cura do câncer, para ajudar idosos como no Retiro dos Artistas e na verdade eu tenho um projeto que eu criei que foi o “Mica na Escola” que tem até vídeo no youtube, que eu criei para incentivar a arte e a cultura nas escolas públicas, e levar à eles, para que tivessem acesso e fazia shows na hora do intervalo e contava um pouco da minha experiência como cantora, as dificuldades do meio, incentivando-os a não desistir dos seus sonhos, pois muitos deles deixavam pra trás pela forma em que vive. Então esse projeto que eu criei, foi para que eu pudesse levar uma mensagem do bem para as crianças, incentivá-las a sonhar. Viajei o Brasil em cidades como Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Rio Pomba, Juiz de Fora, São Paulo, Campinas com o projeto e foi incrível. Uma experiência única!
PING PONG
Nome completo: Yasmin Condé Arrighi
Idade: 26 anos
Signo: Escorpião
Um filme: “Karol: O Homem que se Tornou Papa”
Uma música: “Perfect” – Simple Plan
Um livro: “Hackeando Tudo”
Viagem dos sonhos: Egito
Maior conquista: Conseguir duas coisas que eu gosto muito de fazer, sou advogada e cantora. Ter me formado e continuado minha carreira foi uma grande conquista.
Maior defeito: Ansiedade, muita ansiedade.
Maior qualidade: Querer ajudar o outro sempre.
Defina-se em uma palavra: Ai, não consigo! Mas eu poderia me definir em “Compartilhar”, pois eu sempre quero estar aprendendo e ensinando, trocando ideias, fazendo com o que as pessoas se sintam bem, dando o meu melhor, fazendo o bem. Isso pra mim é compartilhar, e isso me define demais.