Boa parte das mulheres brasileiras sofrem com manchas na pele. Em geral, elas ocorrem devido à excessiva exposição ao sol. Os raios solares atingem o melanócito, célula responsável pela pigmentação da pele, que reage produzindo melanina. Assim, as manchas podem ser desenvolvidas ou até mesmo intensificadas devido à agressão dos raios solares.
O dermatologista Gustavo Limongi, membro da Academia Brasileira de Dermatologia, afirma que o inverno é a melhor época para investir em tratamentos para as manchas. “Com a chegada das temperaturas baixas, há uma menor incidência de raios de sol, tornando, assim, o procedimento mais seguro e com resultados mais efetivos”, diz ele.
Há diferentes tipos de manchas e cada um requer cuidados específicos. Confira as mais comuns e os tratamentos indicados:
Melasmas
As chamadas “manchas da gravidez” em geral acontecem por conta das alterações hormonais que ocorrem durante a gestação. Mas o uso de pílulas anticoncepcionais associadas à exposição solar também podem causar o problema. Essas manchas aparecem principalmente nas maçãs do rosto, buço e testa. Podem surgir ainda no colo e braços, mas é raro. “Ainda não há tratamento definitivo para o melasma, mas o microagulhamento combinado à substâncias específicas tem resultado promissor”, diz o dermatologista Gustavo Limongi. O procedimento estimula a produção de colágeno e reduz a pigmentação das manchas. “Além de funcionar como drug delivery, levando substâncias eficazes para regiões mais profundas da pele”, diz o médico.
Melanoses ou manchas senis
São as marcas do tempo e indicam o quanto a pessoa tomou de sol ao longo da vida. São escuras, arredondadas e podem surgir no corpo todo. Os tratamentos são feitos com luz pulsada. “A tecnologia da luz intensa pulsada atinge dois níveis da pele, a profunda e a superficial. A aplicação superficial reduz manchas, sardas, pigmentações e pequenos vasos. A profunda estimula o colágeno, melhorando rugas, cicatrizes de acne. Por isso, este tratamento é chamado de fotorejuvenescimento”, diz a dr Gustavo Limongi.
Além dos aparelhos, essas manchas podem ser tratadas com peelings e também com o ácido tranexâmico injetável”, afirma o médico.
Efélides ou sardas
Acometem principalmente pessoas de pele clara. O fator genético também é importante. Podem aparecer desde a infância, tanto no corpo quanto no rosto. Peelings de ácido retinóico ou glicólico são os tratamentos mais indicados para tratar as sardas.
Manchas de pós-acne
Este problema surge depois do processo inflamatório da acne. “No início, são manchas avermelhadas que se tornam amarronzadas”, diz o dermatologista Gustavo Limongi. Para tratar, o ideal é a luz pulsada.
Fonte: Dermatologista: Dr. Gustavo Limongi
Gustavo Limongi é Membro da Academia Brasileira de Dermatologia. É graduado em medicina pelo Feso Brasil e especialista em dermatologia pelo Instituto Superior de Ciências da Saúde – INCISA.
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