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Em diversas culturas, um rosto simétrico, ou seja, que não possui diferenças entre o lado esquerdo e direito, é sinônimo de beleza e perfeição. Porém, ao contrário do que muitos acreditam, não existem rostos 100% simétricos. Um rosto pode ser harmônico ou proporcional, mas basta comparar os dois lados da face com atenção para perceber detalhes que diferem entre ambos. E, de acordo com um estudo publicado em novembro de 2018 na revista médica da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, essa assimetria entre os dois lados da face tende a aumentar ainda mais conforme envelhecemos. “Através de técnicas de fotografia digital tridimensional, notou-se um aumento na assimetria facial relacionado ao processo de envelhecimento, principalmente nos dois terços inferiores da face”, explica o cirurgião plástico Dr. Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e especialista em Cirurgia de Enxaqueca pela Case Western University.

Para chegar a tal conclusão, os pesquisados utilizaram uma técnica chamada de fotogrametria 3D para avaliar detalhadamente a superfície da face de 191 voluntários com idades entre quatro meses e 88 anos, conseguindo, através de cálculos, quantificar o grau de assimetria entre os dois lados da face de cada um dos indivíduos. Através da imagem digital, os pesquisadores foram capazes de distinguir níveis muito sutis de assimetria. Além de um aumento pequeno na assimetria da face em cada década de vida, os pesquisadores também notaram que as alterações ocorrem principalmente nos dois terços inferiores da face, ou seja, das sobrancelhas ao nariz e do nariz ao queixo. “Com isso, pode-se perceber então que os terços médio e inferior da face possuem grande influência sobre a assimetria geral da face com o passar dos anos”, destaca o cirurgião plástico.

De acordo com o Dr. Paolo, apesar da assimetria facial, em menor grau, ser atraente e própria do rosto humano, alcançar a harmonia facial é um dos objetivos da cirurgia plástica e por esse motivo a pesquisa mostra-se de extrema importância, já que serve como um guia para que cirurgiões plásticos possam produzir características correspondentes à idade na hora de realizar procedimentos de rejuvenescimento facial que visam atenuar a assimetria facial, como a aplicação de toxina botulínica e preenchedores injetáveis. “Embora ainda sejam necessárias mais pesquisas para definir quais os mecanismos causadores desse aumento da assimetria com o passar dos anos, este estudo contribui para uma melhor compreensão de como a assimetria evolui com o tempo, apoiando a realização de abordagens locais específicas para o rejuvenescimento facial, como o uso de volumizadores de tecidos moles para repor estruturas profundas do rosto que foram absorvidas com o processo de envelhecimento, melhorando assim a assimetria facial e conferindo ao rosto uma aparência mais jovem”, finaliza o Dr. Paolo Rubez.