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4.0 - MANUAL

Dia Mundial do Lúpus: doença atinge mais de 200 mil brasileiros

Amanhã, quarta-feira (10/05), celebra-se o Dia Mundial do Lúpus, doença silenciosa e muitas vezes confundida com outras, ela pode atingir vários órgãos, como pele, rins, pulmões e coração.

Diversas personalidades já admitiram ter o problema, entre elas estão as cantoras Selena Gomes e Lady Gaga, além da apresentadora brasileira Astrid Fontenelle.

Ainda muito desconhecida pelas pessoas, uma pesquisa global realizada pela indústria farmacêutica GSK apontou que 36% da população não sabe que o Lúpus é uma doença. 11% disseram achar que o Lúpus era uma bactéria e desconheciam as complicações do problema que pode acarretar, inclusive, em ataques cardíacos e anemia. Considerada uma doença rara, as mulheres são as mais afetadas pelo problema.

Sem cura, a enfermidade está associada à predisposição genética, sendo que pode ser desencadeada por diversos fatores hormonais e ambientais. Entre os principais sintomas do Lúpus estão fadigas debilitantes, dores nas articulações, além de problemas como depressão, ansiedade e crises de pânico.

Atinge cerca de 200 mil pessoas no Brasil, mas boa parte da população desconhece a doença. A conscientização da sociedade é uma arma fundamental que poderá levar a um melhor entendimento da doença e, consequentemente, beneficiar milhares de pacientes. Por isso foi criada a campanha nacional Lúpus – Uma Questão de Foco, idealizada pela GSK com o apoio da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), em Maio de 2015.

A iniciativa reuniu médicos e pacientes no intuito de esclarecer e engajar a população para a doença enfrentada principalmente por mulheres em idade fértil (aproximadamente 9 em cada 10 pacientes são do sexo feminino), que podem enfrentar complicações na gravidez, tendo chance de aborto.

Sintomas desencadeados pela doença, como dores constantes nas articulações, podem impedir atividades simples do dia a dia, assim como prejudicar a rotina de trabalho – mais de 50% dos pacientes param de trabalhar em até 15 anos após o diagnóstico de LES. Não há cura para a doença, mas é possível controlar e conviver com ela com o acompanhamento médico regular.

 A campanha conta atualmente com uma página no Facebook (Lúpus – Uma Questão de Foco) que tem como público-alvo pacientes, seus familiares e profissionais de saúde, trazendo informações sobre a doença, qualidade de vida e bem estar aos pacientes com LES.

 Entendendo o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)

 Tipos de Lúpus

Existem três tipos da doença. O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), no qual um ou mais órgãos internos são acometidos; o Lúpus Cutâneo, que é restrito à pele e o Lúpus Induzido por Drogas, que surge após a administração de medicamentos, podendo haver comprometimento cutâneo e de outros órgãos – em geral há melhora com a retirada do medicamento que desencadeou o quadro.

Sintomas mais frequentes do LES

 Cansaço, desânimo, febre baixa, perda de apetite, queda de cabelo, inflamação nas articulações – sendo esta observada em mais de 90% dos pacientes. As lesões de pele mais características são manchas avermelhadas no rosto, conhecidas como “lesões em asa de borboleta”. Podem ocorrer ainda manifestações em outros órgãos como rins, pulmão, coração e cérebro.3

Diagnóstico

Muitas vezes, o LES é confundido com outras doenças, por isso é comum a demora no diagnóstico. Este é feito pela presença de manifestações clínicas combinadas a resultados de exames laboratoriais.

Tratamento

Deve ser individualizado, dependendo das manifestações apresentadas. O médico reumatologista determinará o tratamento mais adequado, sendo fundamental sua revisão constante em consultas realizadas a cada 3 a 6 meses (em períodos de atividade da doença, pode ser necessário acompanhamento mais frequente).

Mito

O LES não é contagioso e também não é um tipo de câncer. Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico do paciente ataca o seu próprio organismo.

Fotos: Reprodução