O empresário Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e do Comitê Rio 2016, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (5), no bairro do Leblon, na zona Sul do Rio de Janeiro.A prisão é uma consequência das investigações da Operação Unfair Play, um dos desdobramentos da Lava Jato no Rio de Janeiro. Também foi preso Leonardo Gryner, diretor do COB e aliado de Nuzman.
A operação investiga um esquema de pagamento de propinas para a compra de votos de representantes de entidades esportivas internacionais para garantir o Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
Os recursos teriam vindo a partir da contratação, pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, de empresas de Arthur Soares Filho, conhecido como “Rei Arthur”.
De acordo com a Procuradoria da República, Nuzman é o cabeça de uma “engenhosa e complexa relação corrupta”. Ele teria recebido cerca de US$ 1,5 milhão, segundo as investigações.
Há um mês, no dia 5 de setembro, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita Federal do Brasil cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa de Nuzman, durante a primeira fase operação Unfair Play. Ele nega ter cometido qualquer irregularidade.
Nuzman tem 75 anos, é e ex-atleta de voleibol e está no COB desde a década de 1990.
A Operação Unfair Play (“Jogo Sujo”, em português) é fruto de uma cooperação internacional com países como a França, Antígua e Barbuda, Estados Unidos e Reino Unido. Os indícios revelaram que a organização, supostamente liderada pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral, comprou o voto do presidente da Federação Internacional de Atletismo, Lamine Diack, por US$ 2 milhões.
Fonte: R7
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